O aumento do uso da Internet na Coreia do Norte e como as criptomoedas podem ser responsáveis

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O uso da Internet pela Coreia do Norte testemunhou um aumento colossal de 300% desde 2017, como resultado da dependência contínua do país em criptomoedas para várias atividades.

Uma nova pesquisa sugere que uma das maneiras fundamentais pelas quais o país gera receita é por meio da exploração da tecnologia de criptomoeda e blockchain, bem como a transferência e o uso de fundos adquiridos ilegalmente.

A pesquisa, chamada “Como a Coreia do Norte revolucionou a Internet como uma ferramenta para regimes fraudulentos”, foi publicada no dia 9 de fevereiro pelo Insikt Group, a subsidiária de inteligência da empresa norte-americana de segurança cibernética Recorded Future. A publicação examinou o uso da Internet pela liderança sênior da Coréia do Norte entre 1º de janeiro de 2019 e 1º de novembro do mesmo ano.

Criptografia como um dispositivo para evasão de embargo
A pesquisa afirma que a Coreia do Norte tem usado constantemente a criptomoeda como uma arma diplomática, com as entidades de elite do país supostamente por trás de vários hacks nas bolsas de criptomoedas sul-coreanas, extorsões, criptomoeda e mineração de criptomoedas.

Junto com empreendimentos bancários ilegais e crimes financeiros, a aquisição e apropriação de criptomoedas são agora utilizadas como mecanismos fundamentais para gerar receita e escapar de embargos e restrições globais, explica a pesquisa.

Outras nações involuntariamente envolvidas nas operações secretas
Insikt afirma que a internet se tornou um equipamento fundamental para os governantes norte-coreanos, criando não apenas uma fonte de realização de receitas, mas também uma via para obter informações ilegais, como programas de ogivas nucleares e empreendimentos cibernéticos.

A pesquisa também comentou que os cidadãos norte-coreanos que estão envolvidos em crimes cibernéticos geralmente eram patrocinados por seus governantes para viajar ao exterior e adquirir informações nucleares proibidas pelas Nações Unidas.

Em 2019, Insikt rastreou proxies norte-coreanos para 8 nações citando China e Índia como regiões-chave que abrigam e possibilitam involuntariamente esses incômodos.

A ONU relata que a Coreia do Norte realizou cerca de US $ 2 bilhões em 2019 por meio de bolsas de hackers e instituições financeiras.