Libra: o Congresso ainda retém recomendação

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O Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos teve outra reunião com o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, no dia 23 de outubro. O objetivo do encontro foi discutir Libra, bem como assuntos relativos ao Facebook.

A atmosfera na reunião foi parcialmente hostil, com diferentes Reps fazendo uso de sua cota de perguntas de 5 minutos para repreender Zuckerberg em vez de fazer perguntas normais.

Facebook se compromete a adiar o lançamento de Libra até a recomendação das autoridades americanas
O clima da reunião foi semelhante ao do COO de Calibra, David Marcus, quando se apresentou ao Congresso em julho. Comparados a Marcus, os Reps foram ainda mais severos com Zuckerberg em relação à conduta inadequada anterior do Facebook.

Zuckerberg fez uma declaração crucial há alguns dias. Em um comentário inicial planejado, o CEO afirmou que estava empenhado em garantir que o Libra não fosse lançado em nenhum país sem chegar a um acordo com os órgãos reguladores dos EUA relevantes.

Durante a sessão, o membro do Rep Bill Huizenga ansiava por uma definição da conexão entre o Facebook e Libra. Ele continuou perguntando qual seria a reação do Facebook se Libra decidisse lançar sem obter uma recomendação dos órgãos reguladores dos EUA, aos quais Zuckerberg respondeu que o Facebook seria “forçado” a se dissociar de Libra se isso acontecer. Essa resposta foi chocante, considerando o papel que o Facebook desempenhou no estabelecimento de Libra.

No entanto, os representantes se recusaram a reconhecer que Facebook e Libra são duas entidades distintas. Alguns representantes achavam que o Facebook não poderia se dissociar de Libra se o cenário hipotético ocorresse.

Foram levantadas preocupações sobre como os EUA planejam lidar com uma liberação fora de sua jurisdição. Porém, no interesse de todos os envolvidos, seria melhor atrasar a liberação de Libra do que perdê-la para outro país.

Mesmo que seja desfavorável para Libra aguardar recomendação em vez de seguir em frente sem o Facebook, não há como dizer se a satisfação das autoridades será alcançada.